Depois de escrever sobre a Farmácia de Pechão, de ver aquilo que já se disse sobre este assunto aqui, aqui, aqui e aqui, e depois de ler este aqui em especial, gostaria de dizer o seguinte:
Percebo perfeitamente que quem abre um negócio queira tirar o maior lucro possível. Daí entendo o desejo da Família farmacêutica, Mendes Segundo, querer deslocar o seu "negócio" para um local onde tenha a possibilidade de ganhar muito mais dinheiro. Porém faz-me muita confusão esta "deslocação" da Farmácia de Pechão.
As Farmácias são um negócio particular mas ao mesmo tempo um serviço público... Como o Estado não pode por ele mesmo (e porque nem tudo deve estar nas suas mãos) cobrir o território nacional com farmácias, dá essa possibilidade a alguns particulares. As Farmácias são assim um negócio "protegido" pelo Estado.
A criação de certas leis e a falta de uma entidade reguladora em condições, permite que alguns "comerciantes farmacêuticos" ganhem um alvará para uma Freguesia, como por exemplo a nossa, façam um enorme "sacrifício" durante cinco anos (calculo que com grande prejuízo) e depois dêem o "salto".
Em relação à nossa situação em Pechão. Se os donos da actual Farmácia querem ir embora, pelos vistos ninguém os pode impedir (até porque acho que perderam a simpatia de muitos pechanenses que se sentem enganados e usados). Agora o que eu acho é que o INFARMED deveria ter aberto um novo concurso e, só depois de estar assegurada uma nova Farmácia de Pechão, permitir a deslocação da actual.
Acrescento ainda que o papel de todos os políticos eleitos pelos pechanenses, independentemente da sua cor partidária, é colocar o interesse da população em primeiro lugar, deixando de lado amizades ou camaradagens partidárias...
Isto é aquilo que penso e creio não estar errado.
Exmo. Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Pechão
Antes de mais quero aproveitar esta oportunidade para lhe dar os parabéns pela vitória nas eleições... eu sei que já passou algum tempo mas acontece que desde a campanha eleitoral, altura em que o senhor e a sua comitiva andava todos os dias pelas ruas de Pechão a bater de porta em porta, nunca mais o vi (!?). Aproveito também para lhe desejar um bom ano e faço-o aqui porque continuo a não vê-lo nas ruas de Pechão. Agora que estão repostas a saudações, vamos ao assunto que me leva e escrever esta carta a V. Exa. - a Farmácia de Pechão.
Segundo me apercebi, já corre "à boca cheia" dos pechanenses que a Farmácia de Pechão vai fechar aqui na aldeia para abrir no novo Centro Comercial de Olhão, o Ria Shopping que, ficando situado a Norte da EN 125, deve pertencer à Freguesia de Quelfes. Segundo se diz, a razão da transferência da Farmácia deve-se ao facto de não ser lucrativa para os seus proprietários.
Segundo eu sei a Junta de Freguesia não pode "obrigar" a Farmácia a permanecer na nossa aldeia de Pechão, ou mesmo na nossa Freguesia, porque este é um "negócio" particular. Apesar disto eu gostaria de perguntar se o senhor, como é óbvio, representando os interesses da população que o elegeu, está a fazer alguma coisa para que tal não aconteça? Questiono-o desta forma porque, segundo me lembro, a vinda da Farmácia para Pechão foi uma "bandeira" que o senhor, dizendo ser sua, levantou várias vezes e portanto creio que é legítimo eu perguntar-lhe isto.
Sendo assim, segundo me apercebo, vamos passar a ter no Ria Shoping a Farmácia de Pechão que, como já o disse, está na cidade de Olhão, na Freguesia de Quelfes...
Segundo me parece, se tal situação se verificar, Pechão dará uns quantos passos para trás e as palavras que o senhor tantas vezes disse, "Pechão, terra com futuro", não passaram de balelas.
Nisto tudo, segundo eu concluo, mais uma vez são os pechanenses que saem a perder... principalmente os mais idosos.
Atenciosamente
Jaime Fernandes
Não tenho publicado nada (propositadamente) para que não digam que eu só sei protestar. Mas a verdade é aquilo que sei fazer melhor... confesso!
Há coisa de quatro meses que ando a tentar marcar uma consulta no médico de família aqui em Pechão sem o conseguir. As consultas de clínica geral são dadas à Segunda-feira e à Sexta-feira (creio que existem seis consultas com marcação e outras seis para vagas). Tive a informação que só se marcam consultas uma vez por mês, para o mês todo. Também me informaram que algumas pessoas "reservam" logo no início do mês algumas consultas, precavendo-se para a eventualidade de ficarem doentes.
Portanto, quando vou para marcar uma já está tudo preenchido e não consigo consulta, ficando as vagas que são disponibilizadas no próprio dia. Quando vou no próprio dia já não existem vagas porque "clientes habituais" da "Unidade de Saúde Familiar Mirante - Extensão de Pechão" (acho que é este o nome todo-pomposo da Extensão em Pechão do Centro de Saúde de Olhão), chegaram às sete e seis horas da manhã. Como me recuso a "alimentar" um sistema que considero errado não consigo "apanhar" uma vaga (quem está doente e precisa de médico não vai nem deve ir de madrugada para a porta de um qualquer Centro de Saúde para "mendigar" uma consulta).
Sendo assim, tenho-me limitado a pagar o valor de uma consulta, sem a ter, para que o médico me passe uma receita de umas gotas oftalmológicas que necessito colocar nos meus olhos todos os dias. Isto tem me deixado aborrecido porque na verdade necessito da consulta para que o médico de família me encaminhe com urgência para as consultas de oftalmologia do Hospital de Faro.
Mas isto que aqui escrevi é uma introdução àquilo que na verdade quero questionar, não sei é bem a quem.
Mais ou menos há um mês atrás eu fui novamente tentar a "minha sorte" e, mais uma vez, tive "azar"... não consegui "apanhar" uma vaga. Também mais uma vez paguei o valor de uma consulta (sem a ter) para que o senhor doutor passasse a minha receita que, entretanto já tinha ido antecipadamente "aviá-la" à farmácia de Pechão. Nesse dia aproveitei para demonstrar à senhora administrativa do Centro de Saúde a minha indignação pela situação e sugeri inclusive que se encontrasse outra forma de marcar consultas e de controlar os "doentes-crónicos" que diariamente vão "visitar" o médico, para que outros, é verdade que menos doentes, também pudessem "apanhar" uma consultazinha de vez em quando... quando necessitam. Fiquei a saber que o médico, a partir do dia seguinte, ia de férias durante um mês e, portanto, só se voltava a marcar consultas no dia 28 de Setembro.
Na parte da tarde dirigi-me à Junta de Freguesia de Pechão (lugar onde são dadas as consultas), para ir buscar a minha receita quando, para meu espanto, fiquei a saber que o médico não tinha passado... não passou a minha e não passou de mais ninguém. Ele decidiu, assim que chegou, arrumar as coisas e ir embora porque alguém, numa troca de palavras com a senhora administrativa, ameaçou "deixar" ali uns quantos "sopapos". Resumindo, fiquei sem a receita e a dever na farmácia.
Passado o mês de férias do senhor doutor, na Segunda-feira, dia 28 de Setembro, fui tentar marcar a minha consulta e fiquei a saber que o médico não estava porque tinha necessitado de ficar no Centro de Saúde, mas também fiquei a saber que andava no ar a dúvida se ele voltaria ou não... tudo por causa da confusão que tinha havido.
Como no dia seguinte (Terça-feira) era "dia de descanso do pessoal" da Extensão de Saúde, voltei na Quarta-feira e lá estava a mesma senhora administrava do Centro de Saúde que apenas recebia pedidos de receitas e chamava os doentes que tinham consulta marcada para a especialidade do dia (creio que da Diabetes). Perguntei então quando é que se podia marcar consulta, ao que ela disse em voz bem alta que "isto está nas mãos do senhor Presidente da Junta de Freguesia. Se ele colocar um polícia aqui, amanhã estamos cá e marcamos consultas". Não me manifestei mas perguntei se era possível o senhor doutor passar a minha receita "em dívida" ao que ela disse que sim e até não precisava de pagar nada porque já o tinha feito anteriormente. À tarde fui buscar a minha receita à Junta de Freguesia e informaram-me que não tinha sido passada. Na Quinta-feira dirigi-me novamente lá e estava uma outra senhora administrativa do Centro de Saúde que informava de uma forma muito despachada que o senhor doutor estava doente e não havia consultas, apenas atendia a senhora enfermeira. Perguntei pela minha receita e recebi a resposta, da parte da senhora administrativa, que não a tinha consigo e se eu necessitasse então que fosse ao Centro de Saúde de Olhão que um outro médico a passaria.
Não fui e hoje, Sexta-feira dia 2 de Outubro, foi colocada à porta da Junta de Freguesia de Pechão um papel com a informação "Dr. Manuel Trigueros está ausente".
Não sei bem a quem, mas pergunto:
Para finalizar, não uma pergunta mas uma informação a quem possa interessar:
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