ou “A autoridade policial”
Já eram 17.15 horas quando passei pelo trabalho da “menina dos meus olhos” para a apanhar e irmos direitinhos ao nosso “lar, doce lar”. Começámos a descer a avenida que vai em direcção à rotunda do hospital de Faro. Assim que chegámos ao cruzamento que se encontra à frente do “Papa 24”, o semáforo mudou de cor. Esperámos... não muito tempo. Quando acendeu o verde, arrancámos e continuámos a descer a avenida, lentamente... muito lentamente... até que parámos. Durante uns vinte minutos, estivemos num pára e arranca até conseguirmos chegar ao cruzamento seguinte onde se encontra um outro semáforo... Foi nessa altura que descobri que na rotunda do hospital estava um polícia a controlar o trânsito para que esse fluísse mais rapidamente (!!!)
A luz vermelha deu lugar à verde e eu percebi que se avançasse ficávamos parados no meio do cruzamento, em cima de uma “rede” que pintaram no chão. Esperei um pouco... não foi preciso muito para ouvir imediatamente um coro de buzinas - “está sogadinho moce... tem lá calma contigo!” – pensei eu! Assim que pude avancei para imediatamente parar, ainda com a nossa traseira (salvo seja... a do carro), em cima da dita rede. O “amigo impaciente e tocador de buzinas” colou-se ao nosso carro, ficando no meio do cruzamento. Outro coro de buzinas... reparei então que agora era o “meu amigo músico” o alvo de tal sinfonia... “oh amigo... podias aprender que a impaciência leva-nos a fazer coisas que não gostamos que nos façam a nós” – pensou novamente este pechanense.
Avançámos outros três metros e parámos... avançámos um pouco mais porque entretanto o condutor da frente teve a feliz ideia de mudar de faixa... finalmente chegámos à rotunda e aí, por ordem do senhor agente da autoridade tive que parar, claro está, imediatamente antes da passadeira. Ali ficámos algum tempo a ver o polícia apitando e gesticulando para que na rotunda os carros andassem depressa.
Tudo isto foi interrompido por uma apitadela mais forte e a ordem para que parasse o trânsito na rotunda... só que um condutor “mais distraído” não parou... o senhor agente irritado apitou com quanta força tinha... tirou o apito da boca e foi em direcção do condutor, que entretanto parara... apontou para este “importante instrumento policial”... apontou para si... os seus lábios movimentavam-se aceleradamente... o condutor desfez-se em “mil e uma” desculpas... o senhor agente da autoridade colocou o seu dedo em riste e, finalmente, mandou o “prevaricador” seguir. Depois disto veio em direcção a nós fazendo sinal para avançarmos.
“Até que enfim...” – disse eu. Assim que arranquei tive que imediatamente colocar o pé no travão por causa de um peão que decidiu, nesse preciso momento, atravessar a passadeira. Mais uma vez o senhor agente da autoridade, zangado, apitou com quanta força tinha... tirou o apito da boca e foi em direcção da senhora idosa (que lentamente atravessava a zebra que lhe dava “prioridade” em relação aos carros), colocou as mãos à cintura... apontou para o apito... apontou para si... com o seu dedo em riste, movimentou os seus lábios de uma forma vertiginosa... a senhora, sem parar, foi retorquindo, ora encolhendo os ombros, ora apontando para a passadeira, deixando (literalmente) o senhor agente da autoridade a falar sozinho... Este, num gesto irritado, atirou os braços ao ar, dirigiu-se para a sua moto, e foi embora.
Foi nessa altura que eu percebi que o espectáculo tinha acabado. Assim que tive oportunidade, fui, eu mais a “minha mais que tudo”, direitinho para casa.
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