A recente polémica criada pela decisão da Igreja Romana, de não permitir nos seus seminários pessoas com tendências homossexuais, leva-me a dizer o seguinte:
I - Não vos enganeis
"O que é natural para as pessoas deste mundo, não é natural para aqueles que pertencem ao Reino de Deus"
Antes de mais quero afirmar aqui que escrevo como cristão, independentemente da igreja a que pertenço. Entendo que cristãos são todos aqueles que seguem a Cristo, ou seja, os Seus ensinamentos registados na Bíblia. Para tal é necessário aceitar este Livro Sagrado, no seu todo, como regra e prática para a vida, tanto nas questões espirituais como nas questões éticas e morais. Como cristão evangélico não me compete comentar as decisões de uma outra igreja cristã que não a minha. Mas como cristão sinto-me no dever de escrever este post.
Gostaria de citar um versículo bíblico que se encontra na Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, no contexto do Capítulo seis, Versículos nove a vinte , que é uma advertência contra a frouxidão moral - "Ou não sabeis que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas," (v. 9). As palavras "efeminados" e "sodomitas" referem-se ao homossexualismo. A advertência de Paulo é apresentada em função do incesto, homossexualismo, pederastia e outras práticas sexuais que predominavam entre os gregos e os romanos. O Apóstolo não queria que o cristianismo fosse confundido com grupos de pessoas que permitiam tais costumes pecaminosos. Por essa razão ele é muito claro e directo: "Não vos enganeis. Tais práticas não têm lugar no Reino de Deus".
A Bíblia é clara ao afirmar que toda a prática homossexual é "abominação para Deus". Os seguintes versículos bíblicos não deixam margem para dúvidas - Deuteronómio 23:18; Levítico 18:22; Levítico 20:13. Entendo que o papel do cristianismo não é o de organizar movimentos de perseguição a pessoas com esta forma de vida, ou outras que não as cristãs. Qualquer "tipo de inquisição" não cabe na Igreja de Cristo e certamente não é aprovada por Ele. Aliás, o exemplo que vemos no nosso Mestre é o de um Deus de braços abertos para receber toda a gente. Todos os que foram até Ele puderam sentir amor e ajuda. Porém, só os que reconheceram o seu próprio pecado, arrependidos deixaram as suas práticas pecaminosas e aceitaram Jesus como Salvador e Senhor das suas vidas, tornaram-se Filhos de Deus e discípulos de Cristo. Numa palavra, cristãos.
Posto isto, posso afirmar ainda que uma igreja cristã, seja ela qual for, deve estar pronta para ajudar todos aqueles que venham até ela, quer sejam homossexuais, adúlteros, ladrões, avarentos, alcoólicos, toxicodependentes, maldizentes... Para isto fomos ungidos: "proclamar liberdade aos cativos, abrir as prisões aos presos e restaurar os contritos de coração" (Isaías 61:1). Mas não devemos esquecer que homossexualismo é pecado aos olhos de Deus (como o é a mentira e a maledicência, o homicídio, o adultério, etc), e tais práticas não são toleradas por Deus que é Amor mas ao mesmo tempo Santo e exige santidade por parte dos seus filhos (Levítico 19:2)
II - Não me forcem a aceitar
"Também na minha mente está bem claro que aquilo que é natural para os cristãos, não é natural para os não cristãos."
É certo que vivemos num país democrático e laico (??), onde as pessoas são livres de adoptarem a sua própria "filosofia de vida". É certo que os cristãos não podem obrigar, quem quer que seja, a adoptar os princípios éticos e morais que regem as suas vidas. Mas também é certo que quem não tem os mesmos conceitos de vida que eu e muitos cristãos portugueses, não tem o direito de me impor uma sociedade que considero não ser a melhor e muito menos tem o direito de impor a Cristo e à Sua Igreja aquilo que para Deus é inaceitável.
Pelo pouco que conheço da história da humanidade, sei que todas as sociedades que caminharam nessa direcção (ditas civilizadas, eruditas e mesmo avançadas para a sua época), o seu fim foi o desrespeito pelo seu semelhante, a degradação da raça humana e o colapso dessas mesmas sociedades.
Não quero que isto aconteça com o meu Portugal. Não quero deixar para os meus filhos um país em que se olha para o normal da natureza humana, como uma anormalidade. Não. Não quero deixar para os meus descendentes uma herança destas.
Como já disse, não posso impor aos outros os princípios que regem a vida da minha família, mas também não posso aceitar qualquer tipo de "princípios morais" que contribua para uma sociedade corrompida de valores e principalmente um Igreja onde a Bíblia não seja Aquela que rege e orienta a vida dos cristãos.
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