Como tenho estado ausente do blog, ainda não tive a oportunidade de aqui registar o último acidente no "
cruzamento do Zé Arlindo", em Pechão.
Aconteceu na Quarta-feira passada, dia 30 de Janeiro. Como não fui testemunha ocular, conto-vos aquilo que me foi relatado pela "senhora que nunca me cortou o cabelo" porque diz ter medo de me aparar a barba (por essa razão hoje fui novamente a
Olhão... Ah! Eu sei que ainda não estamos no mês de Março, não precisam de dizer).
Contou-me a senhora que vinha um carro (
mais uma vez) do lado de Faro e, não parando no stop, embateu numa carroça que na altura estava a passar (juntamente com outras), e que se dirigia para Estoi. Duas crianças que iam na carroça cairam e bateram com a cabeça no chão e uma mulher, não chegando a cair no chão, ficou pendurada com a cabeça para baixo.
Assim que se deu o embate, imediatamente os homens saltaram das carroças para baterem no condutor que não viu o sinal de stop (a verdade é que também já não entendo como é que não vêm os dois sinais de stop que agora estão antes do cruzamento... um ainda na ponte a avisar que no cruzamento está um outro sinal de stop).
Não fora outra senhora, "a de canadianas", a intervir, o "condutor distraído" apanhava uma valente tareia... sim, bastou a "senhora de canadianas" levantar a voz e dizer "aqui ninguém bate em ninguém" para parar os intentos daqueles homens que queriam fazer "justiça" com as suas próprias mãos.
Chamou-se a GNR e o INEM. As crianças foram para o hospital, a Guarda fez as respectivas medições, sopros de balões, prenchimentos de papeis, etc. No fim, como a viatura do "condutor distraído" ficou danificada, chamaram o reboque... nessa altura, um dos homens que conduzia "a caravana de carroças" virou-se para a GNR e indignado exclamou:
- "aaaii! Então nã chamou um camiom p'ra levar o meu carrooo!? Ê nã sei sa burra consegue chegar a Estoooi!"
E foi assim que aconteceu mais um acidente na aldeia de Pechão...
(para os curiosos: não sei o que a Guarda disse ao dono da carroça, mas sei que a carroça seguiu puxada pela burra que estava ferida)